Vista de Toledo
O
gênero de Paisagem
é recente na história da pintura, desenvolveu-se a partir
do século XVI, sobretudo com os venezianos e holandeses, mas
só deixou de ser considerado um gênero secundário
(menos importânte que as pinturas históricas, mitológicas
e bíblicas) no movimento romântico
do final do século XVIII - como em Friedrich.
Com a obra Vista de Toledo, El Greco foi considerado um dos precursores
deste gênero, o primeiro da arte espanhola. Não se sabe
o motivo que o levou a pintar esta vista, supõe-se que pode ter
sido uma exaltação à cidade de Toledo, tão
querida por El Greco, ou apenas uma maneira de seguir seus estudos de
luz e cromatismo frio (presente nos clarões provocados por relâmpagos
noturnos) visto que esta mesma obra serviu como modelo para paisagens
de fundo de obras posteriores.
A visão tempestuosa de Toledo que o artista nos dá é
de um poderoso impacto visual, cheia de mistério. Os relâmpagos
emanam uma luz fria, cinzenta e fantasmagórica, que ilumina a
cidade e destaca o conjunto de edifícios, principalmente a torre
da Catedral de Toledo. El Greco confere um efeito dramático à
cena com a utilização de variações das cores
verdes, azuis e cinzas, com linhas perpendiculares e retorcidas que
desenham a vegetação, o rio e as fileiras de edifícios.
Apesar de boa parte da educação artística de El
Greco ter sido adquirida na Itália, ele escolheu Toledo como
sua cidade, onde fez seus melhores trabalhos e amigos, onde viveu e
morreu. Na época, apesar de não ser mais a capital da
Espanha, a vida intelectual e espiritual em Toledo era das mais fecundas
de toda a Espanha. A cidade era o centro eclesiástico espanhol
e nela preponderava um ambiente intensamente religioso e místico.
Em
A Mansão de Quelícera, ao abrir a porta da Cozinha,
o jogador depara-se com esta paisagem, sobre a qual acontece uma tempestade
- o que pensaria El Grego ao ver uma animação de relâmpagos
e trovões sobre sua paisagem?
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Atualização em 30/01/2006.
Apresentação
do Site do Educador