Arte acadêmica: Termo que designa a arte vinculada às instituições oficiais de ensino, academias, criadas a partir do século XV (na Itália, por Lourenço de Medici). Nos séculos XVI e XVII, as academias proliferaram pela Europa. A prática artística desses estabelecimentos pautava-se, basicamente, no ensino pelo desenho de observação, com forte influência do classicismo, e na cópia de "grandes mestres" do passado. A partir de 1667, a academia francesa, destaque no cenário artístico europeu até o século XIX, instituiu a realização periódica de exposições (Salões) de obras de seus alunos e, a partir de 1791, de obras selecionadas por um júri seu. As academias oficializaram determinados padrões estéticos e de gosto durante séculos. No século XIX ficou evidente a oposição das academias às inovações artísticas (e vice versa), fazendo com que um expressivo número de artistas trabalhassem (como os impressionistas), expusessem (como o salão dos recusados, mostras independentes) e tentassem sobreviver (através da intensificação do livre comércio de obras de arte) à margem do sistema artístico oficial. Atualmente, o termo acadêmico costuma ser aplicado em sentido pejorativo aos trabalhos carentes de criatividade e medíocres, segundo os parâmetros artísticos de nossa época.