Michelangelo
Buonarroti
(1475, Caprese-1564, Roma – Itália)
Descendente
de uma família da velha aristocrática florentina, foi
acolhido pelos Médici,
família de mecenas
que governava Florença. Ali entrou em contato com obras renascentista
e renomados humanistas neo-platônicos
da época, fato que influenciou sua arte tanto na forma como na
iconografia.
Tais idéias marcaram também sua postura inovadora frente
a sua profissão.
Platão (428-347 a.C.) já havia escrito sobre a interferência
divina na formação dos artistas e poetas, mas foi só
no século XVI que a postura de artista enquanto um criador apareceu.
Entendeu-se desde ali que a criação partia de uma visão
interior (inspiração) e que a obra era o resultado de
um impulso incontrolável, uma mistura de fúria e loucura
genial. O gênio era possuidor de uma dádiva divina, inata
e essencialmente individual, e sua obra transcendia a qualquer tradição,
regra e teoria pré-estabelecida. Foi Michelangelo o primeiro
a assumir a responsabilidade e a desfrutar da liberdade que envolve
esta forma de ser artista.
As obras realizadas até aproximadamente 1530 mostraram forte
ligação com o modelo estético renascentista (ver
Hall), principalmente
pela busca da beleza através da representação idealizada
do corpo humano, como podemos ver no Teto
da Capela Sistina. Depois dessa década,
gradativamente, as mudanças que ocorriam na estrutura da sociedade
européia da época repercutiam na obra de Michelangelo.
No século XVI, Roma (por sitiar o Vaticano) passou a ser a cidade
de maior efervescência cultural renascentista
e de concentração do poder político e econômico.
Michelangelo mudou-se para lá, onde desenvolveu seu estilo maduro
em uma relação estreita com o Clero. A partir da segunda
década deste século, porém, iniciou-se em Roma
um período de grande insegurança para a sociedade italiana.
O Clero foi abalado pelas idéias da Reforma
Protestante, em 1527 as tropas de Carlos V, aliadas aos reformistas,
invadiram e destruíram Roma e o Clero começou a reagir
com a Contra-Reforma.
Mesmo aqueles que não concordavam com as idéias protestantes
repensaram a Igreja a partir das críticas que circulavam, foi
geral a posição de que era necessária uma reformulação
das práticas clericais.
Michelangelo, crente fervoroso, desejou que a Igreja tomasse novos rumos,
presenvando suas bases dogmáticas. Tais questões transparecem
em sua obra O
Juízo Final, em que o Maneirismo
já está anunciado na quebra de alguns dos principais dogmas
do classicismo
renascentista.
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Site
específico sobre o artista. Biografia, banco de imagens e acesso
a outras links (em inglês): http://www.michelangelo.com/buonarroti.html
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Guia com links para sites de museus e igrejas com obras do artista (em
inglês):
http://www.artcyclopedia.com/artists/michelangelo_buonarroti.html
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Completo banco de imagens, com boa resolução, e comentários
em algumas obras (em inglês):
http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/m/michelan/
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Biografia e completo banco de imagens (em espanhol):
http://www.artehistoria.com/genios/pintores/2750.htm
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Biografia
e banco de imagens (português):
http://www.historianet.com.br/main/mostraconteudos.asp?conteudo=197
Atualização
em 30/01/2006.
Apresentação
do Site do Educador