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Michelangelo Buonarroti
Teto da Capela Sistina (pormenor: Profeta Joel), 1508-12, pintura afresco, 40 x 13 m, Capela Sistinahttp://mv.vatican.va/l
 

Teto da Capela Sistina (pormenor: Profeta Joel)

Em 1508 Michelangelo foi incumbido pelo Papa Julio II de pintar a cúpula da Capela Sistina. Ele relutou em aceitar a encomenda por considerar-se um escultor e não um pintor, e é visível nesta obra a transposição da sua linguagem de escultor para a de pintor. A composição é monumental, as figuras humanas são ressaltadas em seus contornos e volume escultural, enquanto as paisagens são tratadas com menor importância. Um dos motivos pode ter sido o fato de Michelangelo ter utilizado os desenhos do projeto do túmulo do Papa como base para esta obra.

O que encontramos aqui não são apenas imitações das formas naturais, mas uma idealização delas na busca de um modelo de beleza clássica. Mesmo partindo de estudos exaustivos e minuciosos sobre o corpo humano, o Belo em Michelangelo já mostra um caráter incorpóreo e espiritualizado, caminho para a contemplação do divino. Com a dramatização nas cenas, o vigor dos corpos se contorcendo e a originalidade da abordagem do tema percebem-se traços anticlássicos em Michelangelo, o início da desintegração dos cânones da
Renascença (ver Hall).

A obra foi concebida como uma composição única que apresenta, cenas do Antigo Testamento, como A Criação de Adão, A Expulsão do Paraíso e O Dilúvio. Nela também encontramos sibilas e profetas do Antigo Testamento, que profetizaram a vinda de Cristo. Os profetas são representados como homens e mulheres em postura meditativa, lendo, discutindo ou escrevendo. Entre eles está o profeta Joel, que viveu no século VIII a.C., lendo inscrições em um filactério que ele tem nas mãos. No cânon bíblico, é o segundo dos profetas menores do qual ainda temos conservado escritos.

O nome Joel significa "Iavé é Deus". Seu livro de profecias, de apenas três capítulos, focaliza o fim dos tempos e o Juízo Final, tendo um caráter essencialmente apocalíptico. Tal tema esteve menos presente na arte italiana do que na arte setentrional da época - em artistas como Bosch e, depois, Bruegel - mas tornou-se recorrente no final da vida de Michelangelo, principalmente na obra Juízo Final.

Este é o fragmento da obra encontra-se "colado" (ver apropriação) em uma das paredes do Salão de Baile da mansão de Quelícera.


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Atualização em 30/01/2006.

Apresentação do Site do Educador




O Juízo final