A
queda dos anjos rebeldes
Esta
é uma das obras de Bruegel em que fica mais evidente a origem
mitológica cristã do tema tratado, mas sua abordagem não
é nada tradicional. Pelo contrário, ele apropria-se de
símbolos evangélicos e os junta com imagens que expressam
os horrores e alucinações trazidas do fértil imaginário
medieval. Assim, fica evidente a influência que Bruegel recebeu
de seu antecessor, Bosch.
Vários anjos caem a partir de um foco de luz centralizado, ao
alto. Trombetas são tocadas e os anjos, mesmo com suas puras
vestes alvas, travam uma batalha sangrenta com criaturas surreais e
demoníacas. Um clima sinistro e confuso envolve a cena, o horror
preenche quase todo o quadro. A cena, se não fossem alguns elementos
característicos da iconografia
cristã, poderia traduzir uma situação de aflição
coletiva do próprio cotidiano da época do artista. A confusão
é o que impera.
A batalha que aqui vemos tem como referência uma das transfigurações
da luta entre o bem e o mal da mitologia cristã, são anjos
rebeldes em guerra com anjos de Deus. A forma como o artista configura
seus personagens, no entanto, não deixa exatamente clara quem
representa o bem e quem o mal. Mais do que acaso, tal confusão
traduz uma dúvida que, ao que parece, rondava o próprio
pensamento do artista: o que distingue o bem e o mal?
Em meio à confusão, um dos anjos ganha destaque. Ele veste
uma armadura, está ao centro da tela munido de uma poderosa espada,
e está prestes a decapitar uma criatura diabólica.
Mas quem é este anjo?
Na mansão de Quelícera (ver Apropriação)
ele atua como um dos habitantes, o Anjo
de armadura, que aparece no Claustro. Ele fornece informações
importantes para o desenrolar do jogo.
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Atualização
em 30/01/2006.
Apresentação
do Site do Educador