El
Greco, Domenikos Thedokiopoulos
(1541, Creta – Grécia - 1614, Toledo – Espanha)
Ainda
jovem, El Greco deixou a Grécia rumo à Itália,
em busca de conhecimentos artísticos com os mestres da Escola
Veneziana, como Ticiano, Bassano, Schiavone e, sobretudo,
Tintoretto. Lá
esteve entre os anos de 1572 e 1576, época determinante para
a formação de sua linguagem artística. Em seguida
mudou-se definitivamente para Toledo, cidade que conciliava a vivência
intelectual com o fato de ser o centro eclesiástico espanhol.
Foi ali que El Greco obteve seu apogeu artístico e espiritual,
encontrando uma atmosfera de religiosidade intensa e mística
que respondia a sua formação católica - a pintura
Vista
de Toledo mostram a ligação forte que
tinha com a cidade.
O artista viveu em um momento religioso conturbado (Reforma
e Contra-Reforma,
no contexto espanhol) mas nem por isso perdeu o respeito sacramental
aos dogmas da Igreja obtidos em sua formação. Através
de suas obras vemos que ansiava por encontrar uma forma de conciliar
os valores sagrados com os profanos. Ele costumava tratar a tela em
duas partes distintas, mas interligadas: na de baixo, representava a
vida terrena, na superior, as coisas celestiais. Sua obras também
se destaca pelo rebuscado, os espaços confusos e insólitos,
as expressões de aflição dos personagens, o exagero
das formas e a tensão entre o humano e o místico, aspectos
que podem se vistos em O
espólio. Esta postura de El Greco é o
que o levou os historiadores a localizá-lo no Maneirismo.
A magreza e o alongamento de suas formas em obras como São
Jerônimo (que nos remetem à arte Bizantina)
ficaram incompreendidos até o Expressionismo,
no século XX, quando deixaram de ser vistas como "erros"
e passaram a ser destacadas como busca de uma maior expressão
e espiritualidade na figura humana. Como escreve Hauser, "o maneirismo
chegou ao fim porque a linguagem de uma arte como a de El Greco deixou
de ser compreendida".
El Greco foi um dos primeiros artista na Espanha a reivindicar a valorização
do artista e o reconhecimento de seu trabalho como arte (arte
liberal), como criação e não mera cópia
- postura que também marcou Michelangelo.
Tal concepção era coerente com as visões inovadoras
do período Maneirista, mas ainda não eram aceitas amplamente.
Este foi um dos motivos que fez com que, ao longo dos anos, o artista
perdesse o apoio dos maiores patronos de Toledo, o Clero e o rei Filipe
II.
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Lista de links para museus com obras do artista (em inglês):
http://www.artcyclopedia.com/artists/greco_el.html
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Completo banco de imagens e comentários de obras (em inglês):
http://gallery.euroweb.hu/html/g/greco_el/index.html
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Biografia
(em português): http://www.arqnet.pt/portal/biografias/greco.html
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Completo
banco de obras com comentários, boa resolução nas
imagens (em inglês): http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/g/greco_el/
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Breve
biografia e banco de imagens (em inglês): http://www.abcgallery.com/E/elgreco/elgrecobio.html
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Bibliografia
e história, ótimo banco de imagens e links para outros
sites (em espanhol):
http://www.artehistoria.com/genios/pintores/2106.htm
Atualização
em 17/01/2006.
Apresentação
do Site do Educador