Rembrandt
van Rijn
(1606, Leiden – 1669, Amsterdã/ Holanda)
Mesmo depois da independência do domínio espanhol, em 1579,
as Províncias Unidas (as províncias protestantes dos Países
Baixos, das quais a Holanda era a mais proeminente) tiveram de enfrentar
a resistência espanhola durante mais três décadas,
até 1609. Mesmo assim, a Holanda não foi abalada economicamente:
além de possuir grandes colônias nas Índias Orientais
e Ocidentais, os seus portos eram destaque no comercio internacional.
O século XVII holandês foi então marcado pela defesa
da liberdade conquistada e pela retomada do desenvolvimento cultural.
Neste contexto, muito foi investido em bens artísticos, especialmente
pinturas (ver Salão
de Baile), o que trouxe grande mérito e lucratividade
para as atividades ligadas à produção e comercialização
da arte. A história de Rembrandt é característica
disso: como filho de burgueses,
enriqueceu com artista e atuou paralelamente como professor, marchands
e colecionador de obras de arte.
Rembrandt nasceu em Leiden, importante cidade nos estudos universitários
da época, mas foi em Amsterdã (a partir de 1631) que Rembrandt
tornou-se conhecido internacionalmente. Os quadros narrativos e de gênero
religioso (ver Claustro)
foram do interesse de Rembrandt desde o começo de sua formação.
Neste período, teve forte influência do Barroco
italiano, pautado em uma iluminação contrastante (claro-escuro)
que conferia um aspecto teatral à cena e acentuava o conteúdo
espiritual do quadro. Em tal medida, as obras de Rembrandt diferenciavam-se
das do barroco holandês da Escola de Delft, como as de Vermeer,
onde a iluminação, mesmo com forte sensibilidade, não
tem o apelo dramático como a de Rembrandt. Em A
Ressurreição de Jesus vemos a riqueza
plástica e expressiva da luz intensa que contrasta com a escuridão
das zonas sombrias da composição.
Em sua fase madura o claro-escuro não desapareceu de suas composições.
Mas é a presença marcante da cor e da tinta espessa que
caracterizam esta fase do artista; a forma como as empregou, chocou
com os padrões naturalistas
da época e inovou a Pintura. O vermelho intenso e vibrante que
observamos em José
acusado pela mulher de Potifar, vai além do
naturalismo para atuar como um elemento visualmente importante naquela
composição. A tinta, até então trabalhada
em camadas lisas e transparentes, a fim de não mostrar as pinceladas,
ganhou autonomia plástica e textura como vemos em Boi
abatido.
No gênero do retrato,
captou com grande sensibilidade aspectos interiores das pessoas, tanto
do ponto de vista psicológico, como emocional e espiritual. Ele
mesmo, foi alvo de seu olhar e pincel perspicaz. São conhecidos
mais de 75 auto-retratos seus, realizados em diferentes épocas
e técnicas - como o Auto-retrato
aos 23 anos de 1629 -, desde pintura até gravura
em metal (técnica na qual foi um grande mestre).
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Biografia do artista (português)
http://www.historianet.com.br/main/mostraconteudos.asp?conteudo=500
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Biografia e completo banco de imagens (em espanhol)
http://www.artehistoria.com/genios/pintores/3104.htm
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Biografia e várias obras do artista (em inglês)
http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/rembrandt/
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Biografia e completo banco de obras do artista, boa resolução
(em inglês)
http://www.wga.hu/frames-e.html?/bio/r/rembran/biograph.html
Atualização em 30/01/2006.
Apresentação
do Site do Educador