ver a imagem no jogo


Rembrandt Van Rijn
Auto-Retrato com 23 anos, 1629, óleo sobre madeira, 37,9 x 28,9 cm. Museu Mauritshuis de Haia - Holanda: http://www.mauritshuis.nl

 

Auto-Retrato com 23 anos

Os auto-retratos de Rembrandt formam um capítulo singular na História da Arte. Além do grande número de retratos realizados, o artista retratou-se nos diferentes períodos de sua vida (juventude, maturidade e velhice) marcando as diferentes leituras que fazia de si mesmo ao longo dos anos. Rembrandt revela não apenas as mudanças que a vivência trouxe ao seu aspecto físico, mas essencialmente ao seu espírito interior.

Nesta obra vemos uma figura jovem e ingenuamente vaidosa. A gola da roupa, de característica militar, dá uma certa formalidade à aparência pessoal. A fisionomia jovial de frente para o espectador e com a metade do rosto iluminado valoriza a postura do conjunto. O cabelo de Rembrandt apresenta-se suave nos seus tons castanhos, ganhando especial beleza através dos fios alourados pela luz, formando uma expressiva mecha que pende sobre sua testa. A vivacidade da juventude, com seus desejos e ambições, está contida no olhar confiante do artista. A pintura apresenta um
realismo muito admirado pelos holandeses da época.

Este auto-retrato do início de sua carreira atesta a importância da iluminação em sua linguagem. O contraste entre sombra e luz divide seu rosto em duas partes, formando uma linha invisível que realça a verticalidade da figura. A sombra da cabeça no plano de fundo ressalta a face iluminada e acentua a expressividade do conjunto facial. Os tons terrosos que predominam no quadro, junto com a luz da composição, resultam em um pequeno plano retangular iluminado, para onde a atenção do nosso olhar é concentrada. O olhar percorre a gola branca, passando pelos lábios ligeiramente avermelhados e vai até a mecha loura de cabelos.

Desde cedo Rembrandt estudou a luz para sublinhar o que lhe era mais significativo em suas obras, seja o conteúdo das narrativas religiosas (ver Claustro), seja a expressão e misticismo dos retratos (e auto-retratos) e das pinturas de gênero. A luz é o instrumento com o qual Rembrandt interpreta a si mesmo e aos outros. Suas interrogações acerca da alma humana ficam evidentes nos retratos que fez de si. Mesmo tão jovem, aos 23 anos, ele já intuía que a sua própria auto-imagem retratada seria o testemunho mais fiel de sua biografia.

Em A Mansão de Quelícera esta obra foi apropriada como um dos quadros expostos nas paredes do Salão de Baile.

>> veja a imagem no jogo


Atualização em 30/01/2006.

Apresentação do Site do Educador




O Boi Abatido


José acusado pela mulher de Potifar


A Ressurreição